Cuidar da saúde é um investimento não somente financeiro, mas também de tempo. Com as diversas atribuições do dia a dia, muitas vezes é difícil encontrar um tempo na agenda para visitar um consultório médico. Mas isto está prestes a mudar.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma nova resolução sobre a telemedicina, com normas que entrarão em vigor a partir de maio de 2019. As principais mudanças serão em relação à obrigatoriedade da presença do médico em consultas e cirurgias. A partir de maio, médicos estarão liberados para realizar consultas on-line com seus pacientes, desde que tenha havido uma consulta prévia anterior de maneira presencial. Por exemplo: depois de uma consulta presencial e da realização de exames, o paciente poderá mostrar os resultados sem precisar se deslocar até o consultório médico.
Já para cirurgias, robôs ou outras tecnologias responsáveis pela operação, será necessária a presença de outro médico no local, para atuar em caso de intercorrências. Já em áreas mais remotas, o primeiro atendimento (consulta) também pode ser feito de maneira virtual, desde que seja realizado com acompanhamento de outro profissional de saúde. E, quando o profissional identificar que uma consulta física é necessária, ele pode interromper a chamada virtual para marcar uma visita presencial. Todos os arquivos de atendimentos virtuais devem ser arquivados pelos profissionais, em uma espécie de prontuário médico virtual, com sigilo total garantido aos pacientes. Quando houver gravação, esta deve ser previamente autorizada pelo paciente.
Quando for realizado um telediagnóstico, será possível avaliar exames e elaborar laudos sem estar ao lado do paciente, mas este deve estar acompanhado de um profissional da área médica, para auxiliá-lo a entender o diagnóstico e a manusear eventuais equipamentos. Já a telecirurgia também funciona com o cirurgião-chefe à distância, com o auxílio de robôs e a presença de um médico especialista com o paciente, para eventuais assistências que sejam necessárias.
Uma grande preocupação com as novas normas é que este tipo de atendimento dificulte ou atrase diagnósticos, realizando avaliações equivocadas que coloquem em risco o paciente. Por isso, é preciso muito cuidado com consultórios e profissionais que não cumprem as regras de maneira completa, solicitando, por exemplo, a primeira consulta já no ambiente virtual.
Fonte: Gaúcha ZH