Cirurgia plástica, álcool e cigarro, uma combinação perigosa

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Fazer uma cirurgia plástica é um processo delicado e que deve ser encarado com maturidade e seriedade. Desde as expectativas até a escolha do procedimento e, principalmente, do médico que fará a operação, é imprescindível ter em mente que o resultado final tem relação direta com o cuidado e a atenção em todas as etapas, desde a preparação até os estágios finais de recuperação. Isto inclui cuidados com a alimentação, exposição à luz solar, e também o consumo de álcool e cigarro.

Em situações normais, estas substâncias já são nocivas ao corpo humano; quando o assunto é cirurgia plástica, as complicações podem ser ainda mais graves, podendo gerar sérias consequências.

Uso de cigarro: complicações começam já na anestesia

Segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Bezmialem Vakif, na Turquia, fumantes necessitam de até 33% mais anestésicos e analgésicos durante uma cirurgia do que pacientes que não fumam. E até mesmo os fumantes passivos sofrem: quem convive com uma pessoa com este hábito está sujeita a mesma ingestão de fumaça tóxica, fazendo com que a concentração de anestésicos e analgésicos seja até 20% maior do que pessoas sem esta condição.

Além disso, o processo de cicatrização e recuperação também pode ser comprometido por quem fuma ou consome regularmente bebidas alcoólicas. Por isso, os médicos especialistas exigem que o uso destas substâncias seja interrompido algumas semanas ou até meses antes do procedimento, dependendo de sua complexidade, estado que deve ser mantido também após a operação, contribuindo para a correta recuperação.

Na recuperação, as consequências do cigarro podem ser ainda mais graves. As toxinas do cigarro prejudicam a circulação e oxigenação, etapas fundamentais para a correta irrigação das áreas tratadas e sua posterior recuperação. Além disso, a nicotina é responsável pela vasoconstricção, fechando os pequenos vasos sanguíneos e impedindo que o sangue chegue corretamente até os tecidos, contribuindo assim para o surgimento de necroses. Além disso, o cigarro também pode trazer complicações como:

  • Aumento dos riscos de infecção;
  • Cicatrização mais lenta, com marcas aparentes e salientes;
  • Abertura dos pontos da cirurgia;
  • Trombose.

Ácool, um problema invisível

Além do cigarro, a bebida alcoólica também pode provocar reações extremas no corpo especialmente após a operação. Entre os principais problemas estão:

  • Sangramentos: o álcool retarda o processo de recuperação do corpo. Com o sangue mais diluído, aumenta-se o risco de sangramentos na região operada;
  • Dor: em alguns casos, é necessário tomar remédios para suportar pequenas dores, e o álcool inibe esta ação. Isso pode causar ainda a sensação de precisar de mais remédios, provocando uma superdosagem;
  • Inchaço: o álcool também promove o alargamento dos vasos sanguíneos, provocando inchaços e retardando o processo de recuperação;
  • Interferência com a medicação: o álcool também pode causar reações químicas com medicamentos, tornando as substâncias resultantes prejudiciais ao corpo humano.

Seguir as recomendações médicas é fundamental

Em sua consulta antes da cirurgia, não esconda seus hábitos de vida, como tabagismo e ingestão de álcool. O uso de álcool e cigarro pode causar sérias consequências durante o processo de realização de uma cirurgia plástica. Seja antes, durante ou após o procedimento. Por isso, é fundamental que na hora da avaliação você não esconda nada do seu cirurgião plástico, tenha uma conversa franca com ele e tire todas as suas dúvidas. Assim, como em qualquer cirurgia, o processo de recuperação só acontece plenamente, quando as recomendações médicas são seguidas.

Busque sempre um cirurgião confiável, licenciado pelo conselho de medicina local e que também faça parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a SBCP, para qualquer procedimento que venha a ser realizado. Clique aqui e tenha acesso aos cirurgiões cadastrados.