Diástase abdominal, um problema mais comum do que se imagina

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A gravidez é o período mais delicado para o organismo de toda mulher. Isto porque o corpo passa por profundas transformações para que o feto possa crescer e se desenvolver. Passado o nascimento, é desejo de muitas mulheres que o corpo retorne às suas características físicas prévias, mas isto nem sempre é possível. Um destes problemas é a diástase da musculatura abdominal.

O que é diástase abdominal?

Diástase, segundo o dicionário grego, significa separação. Ou seja, a diástase muscular abdominal acontece quando os músculos do abdômen são forçados ao extremo até que se separam no que conhecemos como reto abdominal. Isto acontece porque a expansão do útero provoca um alongamento dos músculos abdominais, que podem não suportar a pressão e causar o rompimento das bandas musculares que ligam o músculo em sua camada mais superior. Isto acontece porque o músculo não está devidamente reforçado para suportar a pressão.

Tipos de Diástase Abdominal

Especialmente após a gravidez, a diástase pode se manifestar de diferentes formas. As mais comuns são:

  • Barriga pochete: o estado debilitado do períneo, região que fica na base do púbis. Gera uma diástase de nível baixo, que pode causar também problemas de postura e no quadril. Porém, esta baixa complexidade faz com que sua recuperação seja muito mais rápida;
  • Barriga avental ou caída: neste estado, a diástase pode ser localizada na região inferior do abdômen ou geral, abrangendo toda a região da barriga. Este é um tipo de diástase muito associada ao sobrepeso, graças ao alongamento residual severo e à flacidez muscular;
  • Umbigo para fora: causada pela diástase na região central do abdômen, faz com que o umbigo tenha um aspecto saltado. A melhora da condição está diretamente associada à melhora da postura, reforço muscular e, principalmente, ao acompanhamento médico, pois somente um procedimento cirúrgico poderá reverter este quadro;
  • Estômago alto e estufado: neste estado, a diástase é superior, localizada acima da região do umbigo. Exercícios posturais especializados podem melhorar a situação, direcionados ao fechamento das costelas.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através de um exame físico, que constata a separação dos músculos. O exame consiste em deitar e flexionar o tronco até que fique em um ângulo de 45°, como se estivesse fazendo um exercício abdominal. Se o espaçamento entre os dois lados da musculatura abdominal for maior do que dois dedos, é provável que o problema esteja presente. Porém, sempre é importante lembrar: o exame caseiro não substitui, em hipótese alguma, o diagnóstico realizado por um profissional da área médica. Caso você perceba esta alteração, procure imediatamente um médico cirurgião.

Como é o tratamento?

O tratamento para a diástase da musculatura abdominal vai depender da sua gravidade. Em situações mais simples, chamada de diástase leve, exercícios físicos realizados com o acompanhamento médico podem fortalecer a região. Além disso, podem ser realizados procedimentos como drenagem linfática ou carboxiterapia. Já em casos mais severos, onde o músculo encontra-se majoritariamente ou totalmente dividido, a única alternativa é realizar um procedimento cirúrgico para conectar novamente as partes separadas, realinhando a musculatura.

É feita uma incisão na parte inferior do abdômen, reaproximando os músculos. Em paralelo a esta operação, podem ser realizados também procedimentos complementares, como a abdominoplastia, para dar mais definição à região.

Importante: homens também podem sofrer com a diástase

Apesar de ser comum durante a gravidez, outro fator torna a diástase possível em uma parcela maior da população. A obesidade também pode causar este problema, visto que os músculos do abdômen serão muito pressionados em razão do acúmulo de gordura, podendo ocasionar seu rompimento.

Se você desconfia que algo está errado com seu abdômen, procure um médico. Somente a ajuda especializada (clique aqui e conheça todos os cirurgiões cadastrados) poderá auxiliar você para corrigir o problema e evitar um desgaste ainda maior.